Universidade de Columbia sanciona 80 estudantes solidários com palestinianos

A universidade de Columbia anunciou na terça-feira a imposição de sanções individuais a cerca de 80 estudantes, que tinham ocupado em maio uma biblioteca para denunciar os ataques israelitas na Faixa de Gaza.

Universidade Columbia, Estados Unidos

© Spencer Platt/Getty Images

Lusa
23/07/2025 07:22 ‧ há 8 horas por Lusa

Mundo

Gaza

Nos últimos meses, realizaram-se importantes movimentos de contestação dos bombardeamentos israelitas à Faixa de Gaza, o que levou os seus participantes a serem acusados de 'antissemitismo' pelo governo de Donald Trump.

 

No início de maio, cerca de 80 pessoas ocuparam a biblioteca Butler da Columbia, em Nova Iorque, ação condenada pela presidência da universidade, que chamou imediatamente a polícia.

O chefe da diplomacia dos EUA, Marco Rubio, qualificou então os manifestantes como "bandidos pro-Hamas".

Cerca de um ano antes, a polícia nova-iorquina tinha desalojado estudantes pró-palestinianos barricados em um edifício da universidade, epicentro de um movimento de contestação que exigia às universidades que cortassem as relações com as empresas ligadas a Israel.

A comissão dos Assuntos Jurídicos de Columbia impôs as sanções a alguns dos seus estudantes, considerando o seu grau de envolvimento e o facto de terem já sido ou não sancionados, adiantou-se em um comunicado da instituição, divulgado na terça-feira.

"Qualquer perturbação das atividades universitárias constitui uma violação das políticas e do regulamento da universidade, que implicam necessariamente consequências", adiantou-se no mesmo texto.

A universidade não detalhou as medidas individuais, mas sublinhou que incluíam "suspensões de até três anos" e "expulsões".

Estas medidas formam anunciadas quando Trump acentua as pressões sobre as universidades, congelando, no caso de Colúmbia, centenas de milhões de dólares de subvenções federais.

No final de maio, a presidente de Columbia foi assobiada, durante uma cerimónia de entrega de diplomas, por estudantes que lhe criticavam a cedência às pressões do governo e de não ter impedido a detenção de Mahmoud Khalil.

Esta figura do movimento pró-palestiniano tinha sido detida em março, em uma residência da universidade, e colocado em um centro de detenção federal, no Estado da Luisiana. Khalil foi libertado, mas ainda arrisca a expulsão.

O comité de Columbia de apoio à campanha de boicote a Israel denunciou sanções "históricas" e acusou a presidente da universidade "colaboração" com o governo de Trump.

Detalhou ainda que os estudantes suspensos têm de apresentar desculpas para poderem regressar à universidade, sem as quais serão expulsos "de facto".

Leia Também: Guterres denuncia "horror que se vive" em Gaza

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