"O presidente (Donald) Trump acaba de abrir as portas a uma das maiores economias do mundo. A União Europeia abrirá o seu mercado de 20 biliões de dólares e aceitará integralmente os nossos padrões automóveis e industriais pela primeira vez na sua história", escreveu Lutnick numa mensagem na rede social X.
"Hoje é um dia histórico para o comércio americano e vai reforçar a nossa relação com a União Europeia durante décadas", concluiu Lutnick, referindo que os Estados Unidos vão impor tarifas de 15% sobre a maioria dos produtos, incluindo os de sectores-chave como os automóveis, semicondutores e produtos farmacêuticos.
O secretário do Comércio destacou ainda a importância do acordo da UE para comprar aproximadamente 750 mil milhões de dólares em energia e investir aproximadamente 600 mil milhões de dólares nos Estados Unidos.
O acordo, que serve para desarmar uma guerra comercial que começou a 01 de agosto, foi anunciado este domingo pelo presidente norte-americano, Donald Trump, e pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, durante uma reunião com as suas equipas de negociação no 'resort' de golfe do líder republicano em Turnberry, oeste da Escócia.
Desde o seu regresso à Casa Branca, em janeiro, o magnata do imobiliário optou por lançar uma guerra comercial contra os seus parceiros para corrigir o que considera serem excedentes comerciais injustos e revitalizar a indústria norte-americana com mais investimento estrangeiro.
Trump, que conseguiu chegar a acordo sobre novos marcos tarifários com a UE, o Reino Unido, o Japão, o Vietname e as Filipinas, enviou cartas a vários parceiros a alertar que as tarifas especificadas naquele documento entrarão em vigor a partir de 01 de agosto.
Entre eles está o Brasil, a que o republicano ameaça impor tarifas de 50%, não por razões comerciais, mas por acreditar que o país latino-americano está numa "caça às bruxas" contra o ex-presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro, um aliado de Trump.
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