"Estou desapontado com Putin". Trump vai reduzir prazo para impor sanções

Donald Trump disse estar "desapontado com o presidente Putin" e acrescentou que vai "reduzir esses 50 dias que lhe dei para um número menor", sem especificar qual será o novo prazo.

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© CHRISTOPHER FURLONG/POOL/AFP via Getty Images

Carolina Pereira Soares com Lusa
28/07/2025 13:43 ‧ há 8 horas por Carolina Pereira Soares com Lusa

Mundo

EUA

Donald Trump afirmou esta segunda-feira que pretende reduzir o prazo de 50 dias que deu a Putin para encontrar uma solução para o conflito com a Ucrânia.

 

Antes de uma reunião com o primeiro-ministro do Reino Unido Keir Starmer, na Escócia, Donald Trump disse estar "desapontado com o presidente Putin" e acrescentou que vai "reduzir esses 50 dias que lhe dei para um número menor", sem especificar qual será o novo prazo.

“Já houve discussões e já pensamos que tínhamos chegado a um acordo inúmeras vezes”, afirmou Trump, citado pela Reuters “e depois o presidente Putin vai e lança rockets contra algumas cidades, como Kyiv, e mata imensas pessoas”.

Apesar da ameaça de sanções, com um prazo que agora deverá ser reduzido, Donald Trump não se mostrou confiante com uma resolução em breve para a guerra na Ucrânia. “Já sei a resposta dele”, disse, referindo-se a Putin.

Trump anunciou o prazo de 50 dias há duas semanas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, há duas semanas, que seriam aplicadas "tarifas muito severas" à Rússia, caso não houvesse um acordo de paz com a Ucrânia dentro de 50 dias. 

"Aplicaremos tarifas muito severas [à Rússia] se não tivermos um acordo em 50 dias [com a Ucrânia]", disse Donald Trump aos jornalistas após a sua reunião com o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, referindo ainda que seriam tarifas secundárias e de 100%.

"Se não tivermos um acordo dentro de 50 dias, é muito simples, [os impostos alfandegários] serão de 100% e ponto final", acrescentou.

O presidente dos Estados Unidos afirmou ainda estar "desapontado com o presidente Putin, porque pensei que teríamos um acordo, há dois meses. Mas isso não parece estar a acontecer", disse.

Kyiv e Moscovo iniciaram nova ronda de negociações

Após o anúncio das possíveis sanções, os negociadores russos e ucranianos já se encontraram em Istambul, na Turquia, para dar início a uma nova fase das negociações.

Na reunião, Moscovo propôs tréguas entre “24 a 48 horas nas linhas da frente para que as equipas médicas possam retirar os feridos e os comandantes possam recuperar os corpos dos seus soldados”, disse o negociador da Rússia.

Já o chefe da delegação negocial ucraniana, Rustem Umerov, afirmou ter proposto a Moscovo, durante a ronda de negociações, que Zelensky e Putin se reunissem antes do final de agosto, na presença dos seus homólogos turco e norte-americano, para promover uma solução negociada para a guerra.

Zelensky, garantiu na sexta-feira que as discussões com Moscovo sobre um futuro encontro com Putin "começaram", enquanto o Kremlin, por sua vez, considerou o encontro "improvável" nos próximos 30 dias.

Para alcançar o cessar-fogo, o presidente russo exige que Kyiv ceda as regiões ucranianas anexadas pela Rússia e que a Ucrânia renuncie à adesão à NATO. Condições inaceitáveis para as autoridades ucranianas e para os seus aliados ocidentais.

A Ucrânia, por sua vez, exige a retirada total do exército russo do seu território, ocupado em cerca de 20%.

Leia Também: Guerra na Ucrânia? Rússia reivindica ocupação de aldeia em Dnipropetrovsk

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