Nas críticas à União Europeia, Medvedev referiu-se hoje aos funcionários de Bruxelas e à presidente da Comissão Europeia.
"Já é hora de [os cidadãos europeus] invadirem Bruxelas e pendurarem todos os funcionários, incluindo, é claro, a 'velha raivosa' Ursula [Von der Leyen] nas hastes das bandeiras", declarou, segundo a agência de notícias espanhola EFE.
O acordo comercial anunciado no domingo em Turnberry, na Escócia, pelo chefe de Estado norte-americano, Donald Trump, e pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prevê a taxa de 15% sobre produtos europeus.
O acordo prevê também o compromisso europeu sobre a compra de energia norte-americana no valor de 750 mil milhões de dólares e o investimento de 600 mil milhões adicionais, além de aumentar as aquisições de material militar.
Medvedev disse, num texto publicado nas redes sociais, que o novo acordo comercial é "completamente humilhante" para os europeus porque, afirmou, beneficia apenas os Estados Unidos, eliminando a proteção do mercado europeu ao retirar as tarifas sobre os produtos norte-americanos.
Por outro lado, o ex-presidente russo elogiou a "firmeza" do líder norte-americano ao promover os interesses económicos dos Estados Unidos, "apesar das contradições" entre as declarações e as ações de Donald Trump.
Dmitri Medvedev, terceiro presidente da Federação Russa (2008-2012), também definiu o acordo como "claramente anti-russo" ao proibir a União Europeia de comprar petróleo e gás à Rússia.
Leia Também: Rússia cancela desfile no Dia da Marinha: "Deve-se à situação geral"