A intervenção, indicou a APA em comunicado, tem um prazo de execução de 60 dias e prevê a alimentação da praia emersa, com um volume total de 1.000.000 metros cúbicos, estando previsto um investimento de 8,6 milhões de euros.
A obra é financiada por fundos europeus --- Programa Temático para a Ação Climática e Sustentabilidade (PACS) - e por investimento da Administração do Porto de Lisboa, S.A..
Ainda segundo a APA, "a zona de empréstimo dos sedimentos localiza-se na entrada do estuário do Tejo, mais precisamente no Canal da Barra Sul", e "a intervenção tem como objetivo a proteção de pessoas e bens, através da melhoria da melhoria das condições de estabilidade da linha de costa, da redução da vulnerabilidade ao galgamento/inundação costeira e da proteção de obras de engenharia costeira pesada existentes, tais como a obra longitudinal aderente e os esporões".
Em fevereiro o Governo aprovou, em Conselho de Ministros, uma resolução que autorizava a realização de despesa para a alimentação artificial das praias da Costa da Caparica, no distrito de Setúbal, no valor de 11 milhões de euros.
No início de janeiro, o Governo, através do Ministério do Ambiente, já tinha anunciado que ia investir 20,2 milhões de euros em obras prioritárias de proteção do litoral, nomeadamente para estabilizar arribas, proteger infraestruturas costeiras e reforçar as praias mais vulneráveis.
Numa nota divulgada em fevereiro, tutela destacou que 13,9 milhões serão suportados através do Fundo de Coesão/Sustentável 2030, que aprovou o financiamento de 12 candidaturas para intervenções de proteção e de defesa do litoral.
As medidas "combinam engenharia avançada com soluções baseadas na natureza, promovendo a adaptação climática e a gestão sustentável do litoral".
Uma das intervenções é a alimentação artificial de areia nas praias da Costa da Caparica e de S. João da Caparica, que visa reforçar a "resiliência costeira na Área Metropolitana de Lisboa, assim como o desassoreamento da lagoa de Albufeira [Sesimbra], que já se iniciou, melhorando a circulação de águas, e a reposição de sistemas naturais e minimização de risco na praia da Califórnia e no Portinho da Arrábida".
Em julho de 2024, a ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho tinha admitido que as recargas de areia das praias da Caparica são fundamentais para preservar aquele património natural e reconheceu tratar-se de um processo longo e contínuo que é preciso manter.
Na ocasião, a presidente da Câmara Municipal de Almada, Inês de Medeiros (PS), apelou à tutela no sentido de estas recargas serem feitas durante o ano de 2025.
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