António Filipe exige imediato reconhecimento da Palestina pelo Governo

O candidato presidencial António Filipe exigiu hoje, no Porto, o reconhecimento imediato do Estado da Palestina pelo Governo, defendendo que há muito que Portugal "devia ter saído da lista da vergonha" dos países que ainda não o fizeram.

antónio filipe

© Horacio Villalobos - Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
31/07/2025 20:33 ‧ ontem por Lusa

Política

Médio Oriente

"O Estado português tem de ter uma posição firme relativamente à tragédia que se está a passar com o povo palestiniano às mãos do estado sionista de Israel. Há muito tempo que Portugal devia ter saído de uma verdadeira lista da vergonha", disse, referindo-se aos países que ainda não reconhecem o Estado da Palestina, no discurso junto ao edifício que serviu de sede da PIDE no Porto, durante o Estado Novo, e que juntou várias centenas de pessoas.

 

Ainda sobre o tema, o candidato do PCP defendeu que "a decisão do Estado português deve ser uma decisão soberana, não deve ser uma decisão determinada por outros países (...) e que não deve ser apenas a de reconhecer o Estado da Palestina, que já devia ter reconhecido há muito tempo".

"Deve sim exigir mais coisas. Exigir o fim do genocídio sobre o povo palestiniano. Imediatamente!", salientou o candidato às eleições presidenciais.

O antigo deputado comunista afirmou corporizar a "candidatura que recusa o caminho da mentira e da demagogia e assume o mais firme combate a conceções reacionárias, fascistas, xenófobas, racistas, homofóbicas e discriminatórias".

Para António Filipe, o Presidente da República (PR) não pode aceitar que, no país a que preside se empobreça a trabalhar, que uma das maiores conquistas de abril, que é o Serviço Nacional de Saúde, seja destruída para beneficiar os negócios privados da doença e que haja grávidas a ter partos em ambulâncias por haver urgências fechadas e que haja pessoas a morrer por falta de assistência atempada.

Inaceitável também, para o candidato, é haver jovens com elevadas qualificações tenham de emigrar por não encontrar em Portugal um posto de trabalho consentâneo com as suas aspirações, que haja falta de professores na escola pública, que só haja vagas para metade das crianças nas creches e na rede pública da educação pré-escolar e que os descontos que os trabalhadores fazem sobre os seus salários e que são a garantia das suas reformas no futuro, sejam "jogados na roleta" dos fundos de pensões privados.

Sem nunca mencionar nomes, António Filipe falou das "outras candidaturas que já se conhecem, apresentadas como estando em disputa, com apelos ao consenso e à moderação feitos por quem quer que tudo fique na mesma, e que convergem no essencial com os interesses do grande poder económico" para concluir que "não dão garantias de um exercício das funções presidenciais de acordo com o que a Constituição exige, nem correspondem à necessidade de um firme posicionamento em defesa da democracia e no combate às forças e projetos reacionários".

"Muitos democratas lamentavam a falta de uma candidatura capaz de os unir na luta por uma alternativa ao estado a que chegámos, uma candidatura que resgatasse a esperança e abrisse horizontes de futuro. Essa candidatura já não falta. É por isso que estou aqui", disse.

Leia Também: PAN lamenta que "só agora" se avance para o reconhecimento da Palestina

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas