"O PAN lamenta que só agora Portugal assuma que o reconhecimento do Estado da Palestina é um passo essencial para a solução dos dois Estados. Enquanto isso, uma criança é morta a cada hora na Faixa de Gaza (segundo a ONU), assistimos a uma catástrofe humanitária inaceitável", criticou o partido de Inês de Sousa Real numa posição enviada por escrito à agência Lusa.
Referindo que o PAN "já expressou publicamente a condenação deste genocídio", o partido reforça "a importância de serem aplicadas sanções económicas a Israel tal como fizeram com a Rússia".
"O acesso à alimentação é um direito fundamental e só podemos condenar a instrumentalização da fome como método de combate em contextos de conflito e no de Gaza em específico, onde tantas crianças e famílias têm morrido sem conseguir aceder a bens alimentares, água ou cuidados médicos", lamentou o partido, referindo duas iniciativas apresentadas no parlamento.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou hoje que vai ouvir o Presidente da República e os partidos políticos com representação parlamentar com vista a "considerar efetuar o reconhecimento do Estado palestiniano" na Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro.
"O Governo decidiu promover a auscultação de sua Excelência o Senhor Presidente da República e dos Partidos Políticos com representação na Assembleia da República, com vista a considerar efetuar o reconhecimento do Estado palestiniano, num procedimento que possa ser concluído na semana de Alto Nível da 80.ª Assembleia Geral das Nações Unidas, a ter lugar em Nova Iorque no próximo mês de Setembro", anunciou o primeiro-ministro, em comunicado.
Leia Também: Marcelo garante que "já sabia" de intenção do Governo sobre Palestina