Chapo pede consolidação de "cidadania partilhada" nos países da lusofonia

O Presidente moçambicano, Daniel Chapo, defendeu hoje a consolidação de "cidadania partilhada" na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em que os cidadãos se reconheçam mutuamente, ao fazer a abertura da assembleia parlamentar da comunidade.

Moçambique: Abertura da Assembleia Parlamentar da CPLP

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Pretilério Matsinhe
14/07/2025 11:44 ‧ há 6 horas por Pretilério Matsinhe

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Moçambique

"Este ideal de cidadania partilhada deve orientar os nossos esforços governativos e legislativos, para que os cidadãos dos nossos Estados se reconheçam mutuamente como parte de um mesmo espaço de pertença e de cooperação solidária", defendeu o chefe do Estado de Moçambique, na abertura da 14.ª Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (AP-CPLP), em Maputo.

 

O Presidente disse que a CPLP é "uma comunidade de afetos, mas também de responsabilidades e solidariedade", em que os países-membros partilham uma "herança histórica" e uma língua comum, pedindo, por isso, esforços coletivos para a manutenção da paz e soberania nos países, valores definidos como "essência" do projeto da comunidade.

"Assume-se como missão estratégica da nossa Comunidade, a construção e consolidação de uma verdadeira cidadania lusófona, fundada na mobilidade, na proteção social, na partilha de saberes, na valorização da nossa diversidade e no reconhecimento de direitos no espaço da CPLP", disse Daniel Chapo.

O Presidente moçambicano apelou no mesmo discurso a uma reflexão sobre o estágio atual das relações entre os Estados-membros da CPLP, pedindo igualmente uma reflexão sobre os ganhos alcançados com a criação da comunidade, incluindo avançar, desde logo, com os desafios a vencer para a "afirmação efetiva do bloco lusófono no concerto das Nações".

Defendeu igualmente que a AP-CPLP se reafirme como um espaço de diálogo intergeracional, com a juventude e a mulher no centro da agenda legislativa e de desenvolvimento dos países-membros.

 Daniel Chapo espera que a AP-CPLP "aprofunde o diálogo para a construção de uma cidadania intercomunitária, que promova a mobilidade dos cidadãos e o intercâmbio de conhecimentos, com vista à promoção do desenvolvimento sustentável e equitativo dos nossos países e povos".

Mais de 100 delegados, incluindo presidentes dos parlamentos, dos Estados-membros da CPLP participam hoje e terça-feira, em Maputo, na 14.ª Assembleia Parlamentar, órgão que Moçambique passa a liderar.

O parlamento português é representado nestes dois dias de trabalho pelo deputado Pedro Alves (PSD), da delegação parlamentar de Portugal naquele órgão da CPLP.

Moçambique acolhe assembleia parlamentar da CPLP e assume presidência

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Mais de 100 delegados, incluindo presidentes dos parlamentos, dos Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) participam hoje e terça-feira, em Maputo, na 14.ª Assembleia Parlamentar, órgão que Moçambique passa a liderar.

Lusa | 06:23 - 14/07/2025

Estão também previstas reuniões dos presidentes dos parlamentos da CPLP, das comissões permanentes e redes da Assembleia Parlamentar da CPLP, encontros dos presidentes dos grupos nacionais parlamentares, de acordo com o programa do evento, que prevê igualmente o anúncio do país a acolher o 15.º encontro do órgão, no próximo ano.

Na 14.ª AP-CPLP Moçambique vai assumir a presidência rotativa do órgão, sucedendo a Guiné Equatorial, num mandato focado na paz e inclusão.

Os membros do grupo Nacional do parlamento da Guiné-Bissau cancelaram a sua participação na reunião.

Fundada em 1996, a CPLP integra nove países - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Leia Também: Angola está a fazer o seu papel na mobilidade lusófona

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