Donald Trump admite cessar-fogo e fome em Gaza porque a vê na TV

O presidente dos Estados Unidos admitiu hoje ser "possível um cessar-fogo em Gaza", apesar da retirada de Washington e Israel das negociações, e reconheceu existir fome no enclave, por ver "crianças famintas" na televisão.

Donald Trump

© Andrew Harnik/Getty Images

Lusa
28/07/2025 14:38 ‧ há 7 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Donald Trump fez estes comentários ao receber o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, no seu 'resort' de golfe Turnberry, no sudoeste da Escócia, onde os dois líderes vão debater o acordo tarifário entre os dois países, bem como as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza.

 

Questionado pelos jornalistas sobre se acredita ser possível um cessar-fogo em Gaza, o Presidente norte-americano assegurou que a administração dos Estados Unidos tudo fará nesse sentido e admitiu esse cenário.

Os Estados Unidos retiraram-se das negociações no Qatar depois de Israel o ter feito a 24 de julho, devido ao que alegaram ser a obstrução do movimento islamita palestiniano Hamas.

Quando questionado se concordava com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de que não há fome na Faixa de Gaza, Trump não escondeu a discordância.

"Não especialmente", respondeu Trump, argumentando que as imagens que vê na televisão sugerem que "há crianças a morrer de fome".

O líder norte-americano lembrou que, há duas semanas, os Estados Unidos enviaram 60 milhões de dólares (cerca de 50 milhões de euros) em ajuda humanitária para Gaza, lamentando que ninguém lhe tenha agradecido esse gesto, e sustentou que o problema é o Hamas roubar a comida.

Trump aproveitou ainda para anunciar que os Estados Unidos, juntamente com outros países aliados, irão criar "centros de distribuição de alimentos" em Gaza, para procurar atenuar o problema humanitário.

"Vamos montar centros de distribuição de alimentos onde as pessoas poderão entrar livremente sem limites. Não teremos cercas", assegurou o Presidente norte-americano.

"Faremos isso em colaboração com pessoas muito boas. Forneceremos fundos, acabamos de arrecadar bilhões de dólares, temos muito dinheiro e vamos investir um pouco em alimentos", referiu, indicando ainda que outros países, incluindo o Reino Unido, estão dispostos a ajudar a instalar esses pontos de distribuição de alimentos.

A guerra em curso em Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo grupo extremista palestiniano Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, que causaram cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

A retaliação de Israel, que também impôs um bloqueio à entrega de ajuda humanitária, já provocou mais de 59 mil mortos no enclave, a destruição de quase todas as infraestruturas de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.

[Notícia atualizada às 16h17]

Leia Também: Pela primeira vez, ONG israelitas acusam Israel de genocídio

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