Dezenas de personalidades israelitas pedem "sanções drásticas" a Telavive

O vencedor de um Óscar Yuval Abraham e o ex-presidente do Knesset (Parlamento) Avraham Burg estão entre 31 personalidades israelitas signatárias de uma carta apelando à imposição de "sanções drásticas" a Israel pela violência contra palestinianos em Gaza.

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Lusa
30/07/2025 06:25 ‧ ontem por Lusa

Mundo

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No topo da petição hoje divulgada está a assinatura de Yuval Abraham, cineasta e jornalista israelita que realizou ('No Other Land'), premiado com um Óscar de Melhor Documentário e que retrata ataques de colonos israelitas contra uma comunidade palestiniana na Cisjordânia.

 

"O nosso país está a matar de fome o povo de Gaza e a contemplar a expulsão de milhões de palestinianos da Faixa de Gaza", lê-se na carta enviada para vários meios de comunicação, incluindo o The Guardian.

"Nós, israelitas empenhados num futuro pacífico para o nosso país e para os nossos vizinhos palestinianos, escrevemos isto com vergonha, raiva e agonia", afirmam na carta.

Por isso, pedem à comunidade internacional que "imponha sanções drásticas contra Israel até que termine esta campanha brutal e implemente um cessar-fogo permanente".

Outro signatário da nota é o ex-procurador-geral israelita e ex-juiz do Supremo Tribunal Michael Ben-Yair, que na segunda-feira se referiu às ações de Israel em Gaza como "genocídio" na sua conta X nas redes sociais.

A ex-parlamentar Tamar Gozansky também aderiu à petição.

Além de figuras políticas israelitas, académicos e personalidades da cultura juntaram-se à reivindicação de sanções contra o seu país personalidades como Ari Folman, vencedor de um Globo de Ouro pelo filme 'Valsa com Bashir', que relata o massacre de Sabra e Chatila cometido contra refugiados palestinianos em Beirute.

A guerra em curso em Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo grupo extremista palestiniano Hamas em 7 de outubro de 2023 no sul de Israel, nos quais morreram cerca de 1.200 pessoas e mais de duas centenas foram feitas reféns.

A retaliação de Israel já provocou mais de 60 mil mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.

Israel também impôs um bloqueio à entrega de ajuda humanitária no enclave, onde mais de 140 pessoas já morreram de desnutrição e fome.

Leia Também: Gaza? "Não há justificação para a fome nem para a morte desumana"

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