O primeiro-ministro e a Ministra da Administração Interna falaram após a visita à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), onde Luís Montenegro realçou que o “combate é de todos” e que, por isso, “precisa da colaboração de todos”.
Luís Montenegro disse ainda que é preciso ouvir os “avisos, advertências e orientações que as autoridades vão dando” para assim evitar novos fogos.
Já a ministra Maria Lúcia Amaral, questionada sobre o número de helicópteros disponíveis (que é menor do que o previsto) garante que “não ajuda estar a saber quantos meios aéreos temos” e que "os números são irrelevantes".
Maria Lúcia Amaral sublinhou que, olhando aos incêndios que mais afligem as autoridades neste momento, "a existência de 72 ou 76 ou 80 meios aéreos" seria irrelevante, "porque o que causa dificuldade aos operacionais é o caráter extremamente acidental da orografia, a dificuldade de acesso".
"A complexidade das operações e do combate é tal que não ajuda nada estar a saber quantos meios aéreos temos, se faltam muitos, se não faltam muitos. E, de facto, não faltam", acrescentou.
A Ministra da Administração Interna realça ainda que entre as 125 ocorrências ativas “falamos de três ou quatro focos de incêndio graves” que assumiram “proporções que não contávamos” por diversos fatores.
Questionada sobre o que falhou para que estes incêndios se tornassem graves Maria Lúcia Amaral responde simplesmente “falha o que falha, falha que não queríamos nada que acontecesse no nosso país”, sem apontar, concretamente, o que poderia ter sido feito de outra forma.
Sobre a “mão pesada” que Montenegro tinha anunciado, nos incêndios do ano passado, para quem nos fogos postos, Maria Lúcia Amaral volta a desmarcar-se do tema e afirma apenas que “não sabe” e acha que as “autoridades também não sabem” se todas as ignições que aconteceram, nomeadamente durante a noite, sejam todas criminosa. E admite: “algumas serão”.
Primeiro-ministro e Ministra da Administração Interna quiseram acompanhar a "situação crítica"
Luís Montenegro, e a ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, deslocaram-se à sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) para acompanharem a "situação crítica" dos incêndios. Uma decisão que foi tomada subitamente, após a cerimónia de Compromisso de Honra do 20.º Curso de Formação de Agentes da PSP, em Torres Novas.
"Combinámos agora mesmo, atendendo à situação crítica que se vive, sobretudo no Norte do país, que iremos os dois já para a sede da Autoridade Nacional de Proteção Civil", afirmou a ministra, dirigindo-se à comunicação social.
A responsável pela pasta da Administração Interna justificou a deslocação com a necessidade de se inteirar da evolução da situação, tendo em conta as previsões meteorológicas adversas para os próximos dias, nomeadamente temperaturas elevadas, vento forte e baixa humidade.
"Queremos informar-nos completamente do que acontece e do que deve ser esperado", afirmou a ministra, sublinhando a urgência da deslocação e apelando ao respeito pelos responsáveis da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
[Notícia atualizada às 15h02]
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