No PSD/CDS/IL de Lisboa "não há radicais". Rival é "PS da geringonça"

O secretário-geral do PSD defendeu hoje que "não há radicais" na coligação autárquica em Lisboa com o CDS e a IL, enquanto Telmo Correia avisou que o adversário principal será "o PS antigo, da geringonça na sua pior versão".

Carlos Moedas, Lisboa,

© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
23/07/2025 20:06 ‧ há 2 dias por Lusa

Política

Autárquicas

Na cerimónia de assinatura do acordo de coligação entre PSD/CDS/IL em Lisboa, candidatura encabeçada pelo atual autarca Carlos Moedas, que decorreu na Fábrica de Unicórnios, os representantes dos três partidos discursaram ainda antes de serem conhecidos os termos concretos do entendimento entre os três partidos.

 

Pelo PSD, o secretário-geral, Hugo Soares, defendeu que esta coligação pretende ser "muito mais do que os partidos que a representam", agradecendo aos "muitos independentes" que apoiam Carlos Moedas, e procurou vincar as diferenças para a coligação encabeçada por Alexandra Leitão que junta PS, Livre, BE e PAN, embora sem a nomear.

"Nós sabemos que esta é uma candidatura moderna, que é uma candidatura que tem preocupações que são transversais e que é uma candidatura que faz. Eu queria dizer com todas as letras, aqui não há radicais, aqui só há gente de bom senso, gente moderada que quer continuar a construir Lisboa", afirmou.

Na mesma linha, mas de forma mais direta, o vice-presidente do CDS-PP Telmo Correia deixou um aviso de que o principal adversário da coligação "Por ti, Lisboa" não é "o PS de nova roupagem, aparentemente mais sensato e moderado".

"É o antigo, o anterior, o da geringonça na sua pior versão. É um PS, é um PS unido à extrema-esquerda mais radical", afirmou.

Já o vice-presidente da IL Mário Amorim Lopes, o novo parceiro da coligação encabeçada pelo atual presidente da Câmara, afirmou que os outros partidos e os lisboetas poderão contar "com toda a lealdade e sentido de responsabilidade" por parte dos liberais, mas também com a sua exigência, nomeadamente nas nomeações.

"Lisboa tem de ser o farol da eficiência, da transparência", afirmou.

Hugo Soares lamentou que, muitas vezes, apenas se diga que "o Carlos [Moedas] fala muito bem, o Carlos é muito simpático, o Carlos é sério, é um homem de caráter, o Carlos é um excelente político".

"Aqueles que querem enaltecer estas qualidades da gestão do Carlos de Moedas é porque querem fazer esquecer as outras: é um fazedor, com obra para apresentar aos lisboetas", defendeu.

Hugo Soares considerou que, comparando com o anterior executivo socialista liderado por Fernando Medina, o atual "teve melhor e maior execução orçamental".

"Na comparação com o anterior Executivo, o Carlos fez mais, o Carlos fez mais, o Carlos fez muito mais. A única coisa que o Carlos foi menos, foi mesmo cobrar impostos, porque diminuiu os impostos que Lisboa cobra", disse.

Telmo Correia classificou o documento assinado como "um bom acordo", dizendo que o CDS-PP pôs em primeiro lugar Lisboa, em segundo a sua consciência e só em terceiro o partido.

"O que temos de fazer não é perguntar o que cada um dos partidos podem ou têm a ganhar com esta coligação, mas o que Lisboa pode ganhar e Lisboa tem muito a ganhar", disse.

Na assinatura do acordo de coligação "Por ti, Lisboa", marcaram presença o atual vice-presidente da autarquia, Filipe Anacoreta Correia (que anunciou a desfiliação do CDS-PP), e o presidente da concelhia de Lisboa do PSD, Luís Newton, arguido na operação Tutti Frutti, e que na terça-feira informou que se não será recandidato a qualquer cargo autárquico, bem como outras figuras dos três partidos.

No atual mandato (2021-2025), Carlos Moedas governa Lisboa sem maioria absoluta, após ter sido eleito pela coligação "Novos Tempos" - PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança, que conseguiu sete mandatos entre os 17 que compõe o executivo.

O acordo de coligação autárquico PSD/CDS-PP/IL em Lisboa prevê que os sociais-democratas indiquem quatro lugares nos primeiros oito da lista para a Câmara Municipal e o CDS-PP e a IL dois cada.

De acordo com o texto hoje distribuído à imprensa após a assinatura formal, caberá ao PSD indicar, além do candidato a presidente da Câmara, Carlos Moedas, os números 2, 3 e sexto da lista, bem como os lugares entre o nono e 13.º da lista.

Ao CDS-PP, que já integrava a coligação de Moedas no atual executivo municipal com três vereadores, caberá indicar dois lugares nos primeiros oito: o quinto e sétimos lugares. Já a IL proporá os nomes para os quarto e oitavo lugares (o atual executivo encabeçado por Moedas tem apenas sete).

[Notícia atualizada às 20h58]

Leia Também: 'Benfica District'? Oposição na CML questiona imparcialidade de Moedas

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