As fortes chuvas mataram 57 pessoas e feriram 99 no Paquistão desde a semana passada, contabilizaram hoje as autoridades.
De acordo com Sara Malik, porta-voz da Autoridade Nacional de Gestão de Desastres (NDMA) do Paquistão, os incidentes provocados pelas chuvas de monção começaram no passado dia 26 de junho.
Entre as 57 pessoas que morreram desde quinta-feira passada no Paquistão contam-se 28 crianças, segundo as autoridades.
No domingo, as autoridades paquistanesas emitiram um alerta para chuvas, inundações repentinas e deslizamentos de terras que podem continuar a afetar as regiões montanhosas do Paquistão até ao próximo sábado, 05 de julho.
A NDMA prevê precipitação sobretudo nas zonas de montanha da província de Punjab, no leste do Paquistão, que faz fronteira com a Índia.
A região ocidental de Khyber Pakhtunkhwa registou até ao momento os níveis mais graves de precipitação associados à monção.
Pelo menos 22 pessoas morreram nesta região.
As chuvas torrenciais de monção também afetaram a zona de Caxemira administrada pelo Paquistão.
De acordo com a NDMA, a maioria das mortes ocorreu por afogamentos, desmoronamentos de casas, descargas elétricas e deslizamentos de terras.
O Paquistão é considerado um dos dez países do mundo mais vulneráveis aos efeitos das alterações climáticas.
Os padrões meteorológicos extremos causam períodos de seca, ondas de calor e chuvas torrenciais.
Em junho de 2022, a chuva invulgarmente forte associada ao degelo dos glaciares nas regiões do norte do país - onde convergem as cadeias montanhosas Hindu Kush, Karakoram e Himalaias - provocaram 1.700 mortes e afetaram mais de 30 milhões de habitantes.
Na semana passada, 160 pessoas ficaram retidas num hotel inundado após o degelo de uma parte de um glaciar e tiveram de ser retiradas da zona turística de Gilgit-Baltistan pelas equipas de emergência.
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