Numa mensagem lida pelo Patriarca Teófilo III de Jerusalém, o monarca jordano condenou "o genocídio contra crianças, mulheres e idosos em Gaza" e criticou os "recentes ataques bárbaros de colonos extremistas" israelitas em Taybeh, na Cisjordânia, incluindo o incêndio do cemitério situado junto à igreja local.
Abdullah II argumentou que estes incidentes em Taybeh são "uma flagrante violação da santidade dos portos, dos locais sagrados cristãos e da presença cristã na Terra Santa", ao mesmo tempo que condenou a "agressão sistemática" de colonos israelitas contra cidades e campos de refugiados" na Cisjordânia e Jerusalém, segundo a agência de notícias estatal jordana Petra.
O rei da Jordânia apelou, por isso, a uma "posição internacional firme" para enfrentar a situação e enfatizou "a importância de proteger os palestinianos indefesos, os seus locais sagrados e o seu direito a viver em liberdade e dignidade e a estabelecer o seu Estado no seu território nacional, com Jerusalém Oriental como capital".
A Cisjordânia e Jerusalém Oriental têm sido palco de crescentes operações israelitas após os ataques do grupo islamita Hamas a Israel, em 07 de outubro de 2023, que fizeram mais de 1.200 mortos e cerca de 250 sequestrados.
Além disso, nos últimos meses, tem-se registado um aumento dos ataques de colonos israelitas contra palestinianos na Cisjordânia, por vezes com a cobertura das forças de segurança de Israel, de acordo com relatórios das Nações Unidas e de várias organizações não-governamentais (ONG).
Entretanto, a ofensiva israelita contra a Faixa de Gaza, lançada em resposta aos ataques de 07 de outubro de 2023, já provocou mais de 58.000 mortos, segundo as autoridades locais, controladas pelo Hamas, mas que a ONU considera fiáveis.
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