O porta-voz do Ministério do Interior sírio, Nurreedin al-Baba, afirmou, nas redes sociais, que as notícias publicadas pelos meios de comunicação locais sobre esta decisão são "imprecisas" e afirmou que "não existe qualquer declaração oficial sobre o assunto".
"Negamos categoricamente a veracidade do que foi noticiado e responsabilizamos os meios de comunicação social por transmitirem informações não fidedignas", disse, acrescentando que as forças governamentais "estão, neste momento, em estado normal de prontidão, sem movimentação ou destacamento na província".
A mensagem foi publicada depois de a televisão síria ter noticiado preparativos para um novo destacamento em Sweida, uma província de maioria drusa, após confrontos nas últimas horas.
Poucas horas antes, a presidência síria tinha acusado os militantes drusos de uma "clara violação" dos acordos que levaram Damasco a retirar as suas forças de Sweida, depois de os Estados Unidos terem solicitado uma redução das tensões no contexto dos combates entre drusos e beduínos, que fizeram quase 600 mortos.
A liderança síria acusou "forças ilegais" de terem cometido "atos atrozes de violência (...) que violam completamente as obrigações de mediação, ameaçam diretamente a paz civil e levam ao caos e ao colapso da segurança", enquanto apelava a "todas as partes" para "mostrarem calma e contenção".
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos estimou que os confrontos já provocaram 597 mortos desde o início dos confrontos na semana passada entre milicianos drusos e beduínos apoiados por tribos árabes e forças de segurança.
A situação levou Israel a bombardear alvos de tropas governamentais em Sweida e até a sede do Ministério da Defesa da Síria em Damasco, ameaçando adotar novas medidas para proteger membros desta minoria, também presentes em Israel.
As autoridades instaladas após a queda do regime de Bashar al-Assad em dezembro, lideradas pelo grupo militante islâmico sunita Hayat Tahrir al-Sham (HTS), têm enfrentado vários problemas de segurança, alguns deles sectários, apesar das promessas de al-Shara --- líder do grupo e anteriormente conhecido por Abu Mohamed al-Golani --- de estabilizar a situação.
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