Os advogados de Maluf, um político de direita, atualmente com 93 anos, assinaram um acordo com o Ministério Público após cerca de um ano de negociações para devolver o montante desviado durante a sua gestão como líder da Prefeitura entre 1993 e 1996.
A procuradora-geral do município, Luciana Sant'Ana, disse num comunicado que o acordo é "muito bom para o interesse público", por se tratar do "maior escândalo de corrupção" da história da cidade.
Por outro lado, a Prefeitura de São Paulo esclareceu que o pagamento da multa não encerra outras ações civis em curso contra Maluf, assim como contra a mulher e empresas da família, acusadas de sobrefaturamento e de receber subornos.
Em 2017, o Supremo Tribunal condenou o político a sete anos de prisão e ao pagamento de uma multa pelo crime de lavagem de dinheiro, considerando que beneficiou do desvio de recursos destinados a obras públicas, que eram enviados ilegalmente para o exterior do país.
Maluf, uma das figuras mais influentes da política brasileira na segunda metade do século passado, também esteve à frente da cidade entre 1969 e 1971 e foi governador do estado de São Paulo entre 1979 e 1982, ambos os cargos exercidos durante a ditadura militar.
Além disso, concorreu à Presidência do Brasil em 1985 e 1989, eleições nas quais foi derrotado.
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