Recapturado recluso que fugiu no saco de roupa suja de colega libertado

Elyazid A., recluso em França, estava em prisão preventiva, acusado de homicídio cometido no âmbito de uma organização criminosa e de crimes com armas de fogo.

França, Prisão,

© MATTHIEU DELATY/Hans Lucas/AFP via Getty Images

Carolina Pereira Soares
14/07/2025 15:37 ‧ há 4 horas por Carolina Pereira Soares

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França

O recluso da prisão de Lyon-Corbas, no leste francês, que escapou escondido no saco de roupa suja do colega de cela durante a libertação do mesmo, na sexta-feira, foi recapturado esta segunda-feira. 

 

Foi por volta das seis da manhã que Elyazid A., de 20 anos, foi detido pelas autoridades numa aldeia a cerca de 25 quilómetros da prisão de onde tinha escapado três dias antes. As autoridades do centro prisional só deram pelo desaparecimento do recluso, conhecido como “o Joker”, 24 horas depois.

A Interpol emitiu um aviso vermelho para a detenção do recluso que se encontrava em prisão preventiva, acusado de homicídio cometido no âmbito de uma organização criminosa e de crimes com armas de fogo.

As autoridades descrevem a fuga como invulgar e realçam que não houve cúmplices externos. O companheiro de cela, e cúmplice do fugitivo, terá utilizado um carrinho de bagagem para transportar as suas malas para o carro que já o esperava à porta da prisão. No carrinho iria um saco de roupa suja onde se encontraria também Elyazid A. O companheiro de cela do recluso não se encontrava com o mesmo e - uma vez que cometeu um novo crime - é considerado como fugitivo.

O ministro da justiça francês, procurador de Lyon, os serviços prisionais de França e a própria prisão já abriram uma investigação formal ao caso para averiguar o que aconteceu.

O chefe do serviço prisional nacional de França disse à BFMTV que, apesar de ser suspeito de crimes mais graves, Elyazid A. estava preso por violações menores e que não era considerado um risco de segurança. Sébastien Cauwel afirmou ainda que a fuga aconteceu depois de uma “série de disfunções - sérias e inadmissíveis - dentro da prisão, que estão agora a ser devidamente investigadas”.

Acrescentou que a situação parece ter sido fruto de erros humanos, mas admite que a sobrelotação da prisão tenha dificultado o trabalho dos guardas prisionais. O centro em causa foi construído para 678 reclusos. De acordo com um relatório publicado em maio, a prisão detém quase 1220 pessoas.

França é o terceiro país da União Europeia com o pior nível de sobrelotação de prisões, atrás apenas de Chipre e da  Roménia, segundo um relatório do Conselho Europeu de 2024. Os sindicatos nacionais do setor dizem ainda que há uma falta de cerca de 5 mil operacionais nas prisões.

Leia Também: Procurador moçambicano critica agentes de investigação envolvidos em crimes

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